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Ruptura dos Tendões do Joelho
A ruptura dos tendões do joelho pode causar dor intensa e limitar significativamente a função do joelho. Geralmente resultante de traumas agudos ou esforços excessivos, essa condição exige diagnóstico preciso e tratamento adequado, que pode incluir cirurgia e reabilitação para restaurar a mobilidade e força do joelho.
O que é Ruptura de Tendão do Joelho?
Os tendões do joelho são estruturas fibrosas que conectam os músculos aos ossos ao redor da articulação do joelho. Eles desempenham um papel crucial na estabilidade e movimento do joelho, permitindo que os músculos transmitam força para os ossos, facilitando assim a realização de atividades como caminhar, correr, pular e dobrar o joelho.
Os tendões fazem parte do músculo, mas, diferente do músculo, não são contráteis e são pouco elásticos. Essa característica é necessária justamente para que o tendão possa resistir à força de contração do músculo e se manter firmemente grudado ao osso, permitindo o movimento do membro. Dessa forma, lesões que causem ruptura de tendão devem ser tratadas o quanto antes para não comprometer a qualidade de vida da pessoa.
No joelho, existem diferentes tendões importantes que desempenham papéis fundamentais na estabilidade e movimento da articulação.
O Tendão Patelar conecta a patela (rótula) à tíbia e é essencial para transmitir a força gerada pelo músculo quadríceps para o osso da perna, permitindo a extensão do joelho. Sua função principal é facilitar movimentos como caminhar, correr, pular e agachar, fornecendo estabilidade e suporte durante essas atividades. Sua ruptura pode ocorrer devido a um movimento repentino de extensão excessiva do joelho, como saltar ou aterrissar de forma inadequada.
Outro tendão essencial é o Tendão do Quadríceps, que une os quatro músculos do quadríceps (vasto lateral, vasto medial, vasto intermédio e reto femoral) e se estende do fêmur até a patela, onde se funde com o tendão patelar. Ele desempenha um papel importante na extensão do joelho. Uma ruptura desse tendão pode ocorrer devido a uma queda direta no joelho ou a uma contração muscular extrema.
Já o Tendão do Bíceps Femoral está localizado na parte posterior do joelho e é parte do músculo bíceps femoral, ajudando na flexão do joelho e na rotação externa. Uma ruptura desse tendão pode ocorrer devido a movimentos de flexão excessiva do joelho ou a trauma direto na região posterior do joelho.
Portanto, qualquer lesão ou inflamação nos tendões pode resultar em dor e limitação dos movimentos. É importante cuidar da saúde dos tendões do joelho através de exercícios adequados, alongamentos, fortalecimento muscular e práticas esportivas seguras.
Ruptura do tendão patelar
Sintomas da Ruptura de Tendão do Joelho e Diagnóstico
O sintoma mais comum é o aparecimento de dor súbita e incapacidade de realizar a extensão ativa do joelho. O diagnóstico da ruptura é feito através de exame físico do paciente, onde podem ser observados sinais como deformidade (patela alta ou luxada), inchaço, hematoma e limitação funcional.
Em casos mais graves, quando há ruptura completa do tendão, a lesão pode ser palpável, resultando no deslocamento da patela para cima devido à tração da musculatura do quadríceps, desprendendo-se da tíbia ou da parte inferior da patela. Radiografias também são utilizadas para avaliar a condição óssea da patela, enquanto ultrassonografia e ressonância magnética permitem uma análise detalhada das características da ruptura (extensão e localização) e de possíveis lesões associadas.
A ruptura do tendão resulta em uma completa incapacidade de realizar a extensão total do joelho. Geralmente ocorre em pontos de enfraquecimento do tendão, decorrentes de degeneração crônica. Esta degeneração está associada a microtraumas repetitivos e dificuldades de adaptação às cargas durante a atividade física. O ponto de ruptura mais comum ocorre na transição entre o osso da patela (pólo inferior) e o início do tendão, embora também possa ocorrer no meio do tendão ou na inserção óssea na tíbia.
Além disso, fatores predisponentes para rupturas incluem: múltiplas infiltrações de corticosteroides, uso de esteroides anabolizantes, diabetes, insuficiência renal crônica, artrite reumatoide, lúpus eritematoso sistêmico e uso crônico de corticosteroides. Pacientes submetidos a cirurgias no joelho, como artroplastia total (próteses), reconstrução do ligamento cruzado anterior com enxerto do tendão patelar e remoção cirúrgica de áreas de tecido degenerado, também apresentam maior risco de ruptura.
Tratamento da Ruptura de Tendão do Joelho
Em casos de rupturas parciais ou lesões menos graves que não comprometam o mecanismo extensor do joelho, o tratamento conservador pode ser indicado, envolvendo medicação analgésica e fisioterapia com exercícios para fortalecer os músculos ao redor do joelho e promover a cicatrização do tendão.
Porém, quando a ruptura é completa e incapacitante, a cirurgia do joelho é necessária. A intervenção cirúrgica precoce e adequada permite a recuperação do movimento e da força. O procedimento cirúrgico envolve a reparação direta do tendão rompido, usando técnicas como sutura ou reconstrução com enxerto de tecido de outras áreas do corpo, como os tendões da pata de ganso (grácil e semitendíneo), por serem tendões secundários e que têm sua força restabelecida após alguns anos, não constituindo problemas para o paciente.
No pós-operatório da cirurgia é essencial garantir uma recuperação bem-sucedida e o retorno às atividades normais. Logo após a cirurgia, o joelho pode ser imobilizado com uma tala, órtese ou gesso para proteger o local da incisão e do tendão reparado, promovendo a cicatrização adequada.
Assim que o médico permitir, a fisioterapia é iniciada. Os exercícios são projetados para restaurar gradualmente a amplitude de movimento, fortalecer os músculos ao redor do joelho e melhorar a estabilidade articular. A fisioterapia também pode incluir técnicas de mobilização tecidual e terapia manual para reduzir a dor e o inchaço.
Medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios são prescritos para ajudar a controlar a dor e reduzir a inflamação durante o processo de recuperação. Aplicação regular de gelo também é indicada para diminuir o inchaço e aliviar o desconforto.
O retorno às atividades normais é gradual e depende da progressão da recuperação. O médico e o fisioterapeuta orientam o paciente sobre quando é seguro retomar atividades como caminhar, dirigir e praticar esportes. É importante seguir as recomendações de retorno gradual para evitar sobrecarregar o joelho e prevenir novas lesões.
Durante o período de pós-operatório, são agendadas consultas regulares com o médico para monitorar a recuperação, avaliar a progressão e ajustar o plano de tratamento conforme necessário. Este acompanhamento médico é fundamental para garantir uma recuperação completa e prevenir complicações.

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